Livro de Enoque
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. Hebreus 11:5
E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;
Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Judas 1:14-15
Capítulo 12
1 Antes de todas estas coisas acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos homens sabia onde ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2 Ele esteve totalmente engajado com os santos, e com as Sentinelas em seus dias.
3 Eu, Enoque, fui abençoado pelo grande Senhor e Rei da paz.
4 E eis que as Sentinelas chamaram-me Enoque, o escriba.
5 Então o Senhor disse-me: Enoque, escriba da rectidão, vai e diz às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com mulheres.
6 E fizeram como os filhos dos homens fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente corrompidos na terra;
7 Que na terra eles nunca obterão paz e remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua descendência; eles verão a matança dos seus bem-amados; lamentarão a destruição dos seus filhos e farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e paz.
Capítulo 13
1 Então Enoque, passando ali, disse a Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há contra ti. Ele te amarrará;
2 Socorro, misericórdia e súplica não estarão contigo por causa da opressão que tens ensinado;
3 E por causa de todo ato de blasfémia, tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos homens.
4 Então partindo dele, falei a eles todos juntos;
5 E eles todos ficaram apavorados, e tremeram;
6 Abençoando-me por escrever por eles um memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão; e que eu fizesse um memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu; porque eles, por si mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem levantar seus olhos aos céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram julgados.
7 Então eu escrevi um memorial de suas orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles haviam feito, e pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem remissão e descanso.
8 Procedendo nisso, eu continuei sobre as águas de Danbadan, (16) as quais estão da direita para o oeste de Armon, lendo o memorial de suas orações, até que caí adormecido.
(16) Danbadan. Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9 E eis que um sonho veio a mim, e visões apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos, para que eu a pudesse relatar aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu acordei fui até eles. Todos estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Líbano e Seneser, (17) com suas faces escondidas.
(17) Libanos e Seneser. Líbano e Senir (próximo a Damasco).
10 E relatei em sua presença todas as visões que eu havia visto, e meu sonho;
11 E comecei a pronunciar estas palavras de rectidão, reprovando as Sentinelas do céu.
Capítulo 14
1 Este é o livro das palavras de rectidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, (18) de acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na boca dos homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou, "os quais (são) da eternidade"(Knibb, p. 95).
2 Eu entendi com o coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens
o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e deu a mim
o poder de reprovar os Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3 Julgamento passou sobre vós: vosso pedido não vos será atendido.
4 De agora em diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo existir.
5 Mas antes destas coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão diante de vós pela espada.
6 Nem pedireis por eles, nem por vós mesmos;
7 Mas chorareis e suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi. (19)
(19) Mas chorareis… Eu escrevi. Ou, "Assim também, a despeito de vossas lágrimas e orações, não recebereis nada, de tudo o que está contido nos registos que eu tenho escrito" (Charles, p. 80).
8 Uma visão então me apareceu.
9 Eis que naquela visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu voo, acelerando meu progresso.
10 Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construído com pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual começou a golpear-me com terror.
(20) Chama de fogo vibrante. Literalmente, "uma língua de fogo”.
11 Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
12 E aproximei-me de uma espaçosa habitação, também construída com pedras de cristal. Seus muros também, bem como o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam querubins de fogo num céu tempestuoso. (21) Uma chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente, "e seu céu era água"(Charles, p. 81).
13 Violentamente agitado e tremendo, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14 E vi que lá havia outra habitação mais espaçosa que a primeira cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrante.
15 Tão grandemente superou em todos os pontos, em glória, em magnificiência, em magnitude, que é impossível descrever-vos o esplendor ou a extensão dela.
16 Seus pisos eram de fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquanto o telhado exibia um fogo ardente.
17 Eu examinei-a atentamente e vi que ela continha um trono exaltado;
18 A aparência do qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circunferência assemelhava-se à órbita do sol brilhante; e havia a voz de um querubim.
19 Debaixo desse poderoso trono saíam rios de fogo flamejante.
20 Olhar para ele foi impossível.
21 Alguém grande em glória assentava-se sobre ele,
22 Cujo manto era mais brilhante que o sol, e mais branco que a neve.
23 Nenhum anjo era capaz de penetrar para olhar a Sua face, o Glorioso e Refulgente; nem podia algum mortal vê-Lo. Um fogo flamejante rodeava-O.
24 Também um fogo de grande extensão continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles que estavam ao redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades de miríades (22) que estavam diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o Santificado, que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de dia; nem eram eles tirados de diante dEle. Eu também estava tão adiantado, com um véu sobre minha face, e tremulo. Então o Senhor com sua própria boca chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à minha santa palavra.
(22) Miríades de miríades. Dez mil vezes dez mil (Knibb, p. 99).
25 E Ele ergueu-me, fazendo aproximar-me, mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o chão.
Capítulo 15
1 Então dirigindo-se para mim, Ele falou e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba da rectidão: aproxima-te para cá, e ouve a minha voz. Vai, dize às Sentinelas do céu, a quem te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não os homens por ti.
2 Portanto, deves abandonar o sublime e santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com mulheres; vos corrompestes com as filhas dos homens; tomastes para ti esposas; agistes igual aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência. (23)
(23) Uma ímpia descendência. Literalmente, "gigantes" (Charles, p. 82;Knibb, p. 101).
3 Sois espirituais, santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne e sangue fazem.
4 Estes, contudo, morrem e perecem.
5 Portanto, de agora em diante Eu dou-vos esposas, para que possais coabitar com elas; para que filhos nasçam delas; e que isto seja negociado sobre a terra.
6 Mas desde o princípio fostes feitos espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não sujeito à morte para sempre.
7 Portanto, eu não fiz esposas para vós, porque, sendo espirituais, vossa habitação está no céu,
8 Agora, os gigantes que têm nascido de espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus espíritos, e na terra estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua carne, porque eles foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu princípio e a sua primeira fundação. Maus espíritos eles serão sobre a terra, e de espíritos da maldade eles serão chamados. A habitação dos espíritos do céu será no céu, mas sobre a terra estará a habitação dos espíritos terrestres, os quais são nascidos na terra. (24)
(24) Note as muitas implicações dos versículos 3-8 com respeito à progênie dos maus espíritos.
9 Os espíritos dos gigantes serão semelhantes às nuvens, (25) os quais oprimem, corrompem, caem, contendem e confundem sobre a terra.
(25) A palavra grega para "nuvem" aqui, nephelas, pode ocultar a mais antiga leitura, Napheleim (Nephilim).
10 Eles causarão lamentação. Nenhuma comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não (26) se levantarão contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão durante os dias da matança e da destruição.
(26) Não. Quase todos os manuscritos contêm esta negativa, mas Charles, Knibb, e outros acreditam que o “não” deve ser deletado para que na frase leia-se "levantarão".
Capítulo 16
1 E quanto à morte dos gigantes, onde quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua carne, que é perecível, esteja sem julgamento. (27) Assim eles perecerão, até o dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das Sentinelas e dos ímpios acontecerá.
(27) Que sua carne… esteja sem julgamento. Ou, "sua carne será destruída antes do julgamento" (Knibb, p. 102).
2 E então às Sentinelas, aos quais enviei-te para rogar por eles, os quais no princípio estavam no céu,
3 Dizei: No céu tens estado; coisas secretas, entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo tens conhecido um reprovável mistério.
4 E isto tens relatado às mulheres na dureza do vosso coração, e por aquele mistério as mulheres e a humanidade têm multiplicado males sobre a terra.
5 Dizei a eles: Nunca, portanto, obtereis paz.
Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Judas 1:14-15
Capítulo 12
1 Antes de todas estas coisas acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos homens sabia onde ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2 Ele esteve totalmente engajado com os santos, e com as Sentinelas em seus dias.
3 Eu, Enoque, fui abençoado pelo grande Senhor e Rei da paz.
4 E eis que as Sentinelas chamaram-me Enoque, o escriba.
5 Então o Senhor disse-me: Enoque, escriba da rectidão, vai e diz às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com mulheres.
6 E fizeram como os filhos dos homens fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente corrompidos na terra;
7 Que na terra eles nunca obterão paz e remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua descendência; eles verão a matança dos seus bem-amados; lamentarão a destruição dos seus filhos e farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e paz.
Capítulo 13
1 Então Enoque, passando ali, disse a Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há contra ti. Ele te amarrará;
2 Socorro, misericórdia e súplica não estarão contigo por causa da opressão que tens ensinado;
3 E por causa de todo ato de blasfémia, tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos homens.
4 Então partindo dele, falei a eles todos juntos;
5 E eles todos ficaram apavorados, e tremeram;
6 Abençoando-me por escrever por eles um memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão; e que eu fizesse um memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu; porque eles, por si mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem levantar seus olhos aos céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram julgados.
7 Então eu escrevi um memorial de suas orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles haviam feito, e pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem remissão e descanso.
8 Procedendo nisso, eu continuei sobre as águas de Danbadan, (16) as quais estão da direita para o oeste de Armon, lendo o memorial de suas orações, até que caí adormecido.
(16) Danbadan. Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9 E eis que um sonho veio a mim, e visões apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos, para que eu a pudesse relatar aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu acordei fui até eles. Todos estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Líbano e Seneser, (17) com suas faces escondidas.
(17) Libanos e Seneser. Líbano e Senir (próximo a Damasco).
10 E relatei em sua presença todas as visões que eu havia visto, e meu sonho;
11 E comecei a pronunciar estas palavras de rectidão, reprovando as Sentinelas do céu.
Capítulo 14
1 Este é o livro das palavras de rectidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, (18) de acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na boca dos homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou, "os quais (são) da eternidade"(Knibb, p. 95).
2 Eu entendi com o coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens
o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e deu a mim
o poder de reprovar os Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3 Julgamento passou sobre vós: vosso pedido não vos será atendido.
4 De agora em diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo existir.
5 Mas antes destas coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão diante de vós pela espada.
6 Nem pedireis por eles, nem por vós mesmos;
7 Mas chorareis e suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi. (19)
(19) Mas chorareis… Eu escrevi. Ou, "Assim também, a despeito de vossas lágrimas e orações, não recebereis nada, de tudo o que está contido nos registos que eu tenho escrito" (Charles, p. 80).
8 Uma visão então me apareceu.
9 Eis que naquela visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu voo, acelerando meu progresso.
10 Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construído com pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual começou a golpear-me com terror.
(20) Chama de fogo vibrante. Literalmente, "uma língua de fogo”.
11 Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
12 E aproximei-me de uma espaçosa habitação, também construída com pedras de cristal. Seus muros também, bem como o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam querubins de fogo num céu tempestuoso. (21) Uma chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente, "e seu céu era água"(Charles, p. 81).
13 Violentamente agitado e tremendo, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14 E vi que lá havia outra habitação mais espaçosa que a primeira cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrante.
15 Tão grandemente superou em todos os pontos, em glória, em magnificiência, em magnitude, que é impossível descrever-vos o esplendor ou a extensão dela.
16 Seus pisos eram de fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquanto o telhado exibia um fogo ardente.
17 Eu examinei-a atentamente e vi que ela continha um trono exaltado;
18 A aparência do qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circunferência assemelhava-se à órbita do sol brilhante; e havia a voz de um querubim.
19 Debaixo desse poderoso trono saíam rios de fogo flamejante.
20 Olhar para ele foi impossível.
21 Alguém grande em glória assentava-se sobre ele,
22 Cujo manto era mais brilhante que o sol, e mais branco que a neve.
23 Nenhum anjo era capaz de penetrar para olhar a Sua face, o Glorioso e Refulgente; nem podia algum mortal vê-Lo. Um fogo flamejante rodeava-O.
24 Também um fogo de grande extensão continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles que estavam ao redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades de miríades (22) que estavam diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o Santificado, que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de dia; nem eram eles tirados de diante dEle. Eu também estava tão adiantado, com um véu sobre minha face, e tremulo. Então o Senhor com sua própria boca chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à minha santa palavra.
(22) Miríades de miríades. Dez mil vezes dez mil (Knibb, p. 99).
25 E Ele ergueu-me, fazendo aproximar-me, mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o chão.
Capítulo 15
1 Então dirigindo-se para mim, Ele falou e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba da rectidão: aproxima-te para cá, e ouve a minha voz. Vai, dize às Sentinelas do céu, a quem te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não os homens por ti.
2 Portanto, deves abandonar o sublime e santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com mulheres; vos corrompestes com as filhas dos homens; tomastes para ti esposas; agistes igual aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência. (23)
(23) Uma ímpia descendência. Literalmente, "gigantes" (Charles, p. 82;Knibb, p. 101).
3 Sois espirituais, santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne e sangue fazem.
4 Estes, contudo, morrem e perecem.
5 Portanto, de agora em diante Eu dou-vos esposas, para que possais coabitar com elas; para que filhos nasçam delas; e que isto seja negociado sobre a terra.
6 Mas desde o princípio fostes feitos espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não sujeito à morte para sempre.
7 Portanto, eu não fiz esposas para vós, porque, sendo espirituais, vossa habitação está no céu,
8 Agora, os gigantes que têm nascido de espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus espíritos, e na terra estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua carne, porque eles foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu princípio e a sua primeira fundação. Maus espíritos eles serão sobre a terra, e de espíritos da maldade eles serão chamados. A habitação dos espíritos do céu será no céu, mas sobre a terra estará a habitação dos espíritos terrestres, os quais são nascidos na terra. (24)
(24) Note as muitas implicações dos versículos 3-8 com respeito à progênie dos maus espíritos.
9 Os espíritos dos gigantes serão semelhantes às nuvens, (25) os quais oprimem, corrompem, caem, contendem e confundem sobre a terra.
(25) A palavra grega para "nuvem" aqui, nephelas, pode ocultar a mais antiga leitura, Napheleim (Nephilim).
10 Eles causarão lamentação. Nenhuma comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não (26) se levantarão contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão durante os dias da matança e da destruição.
(26) Não. Quase todos os manuscritos contêm esta negativa, mas Charles, Knibb, e outros acreditam que o “não” deve ser deletado para que na frase leia-se "levantarão".
Capítulo 16
1 E quanto à morte dos gigantes, onde quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua carne, que é perecível, esteja sem julgamento. (27) Assim eles perecerão, até o dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das Sentinelas e dos ímpios acontecerá.
(27) Que sua carne… esteja sem julgamento. Ou, "sua carne será destruída antes do julgamento" (Knibb, p. 102).
2 E então às Sentinelas, aos quais enviei-te para rogar por eles, os quais no princípio estavam no céu,
3 Dizei: No céu tens estado; coisas secretas, entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo tens conhecido um reprovável mistério.
4 E isto tens relatado às mulheres na dureza do vosso coração, e por aquele mistério as mulheres e a humanidade têm multiplicado males sobre a terra.
5 Dizei a eles: Nunca, portanto, obtereis paz.
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